sábado, 26 de março de 2016


Antonio Claudio dos Santos Silva*

“Usar toga para fazer política destrói o judiciário”. Essa foi à fala de um ex-juiz federal durante um evento no Palácio do Planalto com o seguinte tema: Encontro com juristas pela Legalidade e em Defesa da Democracia. Ontem, no limiar dos anos 60, o golpe a Democracia foi orquestrado pelo governo militar em conjunto com a elite brasileira (Rede Globo), totalmente organizada em suas bases e que utilizava do poder midiático para alimentar ainda mais a expansão do golpe pelas armas.
Nos tempos atuais passados então mais de trinta anos estamos vivendo novamente a possibilidade de a mesma direita política (PMDB, PSDB e o Judiciário através do seu principal expoente Sergio Moro) se organizando ofensivamente naquilo que lhes é mais peculiar, ou seja, o golpe à Democracia, desta vez utilizando a força da Lei (do Judiciário.)
Com o argumento de combater a corrupção, após a reeleição da Presidente Dilma Rousseff, onde os derrotados não conseguiram até então absorver a derrota acachapante estão desta vez não pelas armas mais utilizando do poder da mídia em todos os aspectos para desqualificar um governo eleito pelo povo (os nordestinos em sua maioria) que possibilitou que varias pessoas saíssem da linha da miséria.
Atordoados pelo massacre nas urnas, logo atacaram com ferocidades utilizando de sua forma mais virulenta que foi pulverizar o ódio aos nordestinos, discriminando, hostilizando e ainda achando que era pouco realizaram campanha a nível nacional para separar o Sul e o Sudeste do Brasil do restante do país. O principal argumento: os nordestinos são burros, miseráveis nutridos pelo programa “Bolsa Família” reelegeram Dilma presidente.  
O combate a corrupção é necessário, pois desde o “descobrimento/achamento” do Brasil que este país vem sendo espoliado, acachapado por uma burguesia que representa a minoria que concentra a riqueza e os meios de comunicação e são solidários entre si. Ou inocentemente acreditamos que o chamamento dos “coxinhas” para ocupar as ruas deram-se verdadeiramente pelas redes sociais? Engano.
Se é verdade, que há uma investigação em curso para identificar, provar e punir ladrões e corruptos, então a justiça deve fazer o seu papel utilizando dos recursos previstos na legislação para não correr o sério risco de tudo isso terminar em pizza (acarajé como infelizmente foi nominada uma das fazes da operação da Lava Jato), porque ao que parece todo esse cenário midiático têm como objetivo um partido político, uma pessoa e o ataque feroz contra a Democracia.
Neste sentido analisando o ocorrido durante o período da ditadura militar no Brasil, quando foram mortos vários militantes que contrapunham o poder das armas fazendo-os sucumbir após 25 anos de lutas e mortes é que se faz necessário mais uma vez que todo (as) aquele (s) que acreditam na força do Estado Democrático de Direito devem ocupar as ruas e gritar que não haverá GOLPE à Democracia!

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*Graduando no curso de Pedagogia da Universidade Federal da Bahia, Dirigente Sindical CUTista, Filiado ao ParTido dos Trabalhadores e atualmente na coordenação regional Bahia do agrupamento Dialogo e Ação Petista. e-mail: claudiosv10@yahoo.com.br

santosantonioclaudio@gmail

domingo, 13 de março de 2016

#ForaDilmaforaPT

As manifestações que ocorreram no dia de hoje (13/0316), em varias partes do país dão conta de perceber o quanto de homens e mulheres (cidadãos) brasileir@s, que servindo-se, como massa de manobra pedem a saída da presidente Dilma Roussef de um cargo que foi conquistado pelo voto popular, pela manifestação do povo brasileiro, que diga-se de passagem deu uma “surra” na direita.

Os ataques dos partidos “aliados” (de direita, coxinhas, antigos opressores da classe trabalhadora e dos movimentos sociais) tentam doravante uma organização para que os trabalhadores, movimentos sociais, o povo, não possam nunca mais chegar ao poder político do país. Os calhordas (PMDB, PSD...) estão atentos e esperam retomar novamente o que foi interrompido pelo governo do PT (bolsa família, minha casa minha vida, PNE, Universidade para Todos dentre outros programas) com o objetivo de retomar a escravidão.

O “fora” Dilma, nada mais é do que uma tentativa de por fim a um governo eleito pelo povo brasileiro, com uma vitoria esmagadora na região nordeste do país, onde a maioria da população descente de escravos, índios e daqueles que sempre estiveram à margem da sociedade, ou será que esquecemos que o sul e o sudeste brasileiro queriam há pouco tempo atrás nos separar do resto do Brasil, nos adjetivando de “burros” após á eleição? É preciso refletir.
Os casos de corrupção no Brasil beiram a historia de sua descoberta (achamento como preferem alguns historiadores), não se pode atribuir tais insígnias ao governo Dilma, pois até o momento nada foi comprovado.

 A operação lava jato da Policia Federal é uma novela que não tem hora e dia para acabar, pelos menos até 2018, quando o Partido dos Trabalhadores – PT aponta para levar o nome do ex-presidente Lula novamente às urnas. A Rede Globo sempre utilizando de métodos que se assemelham aos utilizados durante a ditadura militar (quando as propagandas midiáticas) levando o provo brasileiro a pensar na defesa da tortura e da antidemocracia.

Por fim, as manifestações (dos coxinhas) tem mostrado quem são verdadeiramente (o povo brasileiro) que quer por todas as vias antidemocráticas a saída da presidente Dilma Rousseff, a volta da ditadura militar, a volta da escravidão no Brasil, dentre outras covardias orquestradas pelos burgueses que colocariam a maioria do povo brasileiro de volta a linha da pobreza e da miséria. Eu já assistir a esse filme antes (fora Collor).

Por isso, meus amigos e amigas, que tiverem acesso a esse humilde texto, por favor, reflitam, discutam com amigos, se perguntem o quanto o Brasil nos últimos anos mudou e para quem ele mudou.

Contudo, devemos continuar dizendo não à corrupção, não à lavagem de dinheiro, não às manobras da mídia burguesa (Rede Globo), na tentativa de colocar o Juiz Sergio Moro como salvador da pátria, este na verdade é um dos representantes da classe abastada, derrotada no processo eleitoral.

O Brasil pode ser outro, com manifestações e reivindicações daqueles que realmente foram alijados do poder e dos direitos constitucionais por muito e muito tempo, não ao golpe, não ao Impeachment.

 Por: Cláudio Santos
  



  


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

DEMOCRACIA NÃO COMBINA COM GOLPE (IMPEACHMENT)


DEMOCRACIA NÃO COMBINA COM GOLPE (IMPEACHMENT)

Praticar a democracia no Brasil é agir imediatamente contra a manobra golpista utilizada pela direita política brasileira (PMDB, PSDB, DEM...etc.,). Se em São Paulo utilizam da força em vez do dialogo, na Câmara dos deputados capitaneados por Eduardo Cunha almejam derrubar (através do impeachment) um governo eleito democraticamente eleito pelo povo.

Para consolidar o golpe há outra manobra na comissão que tenta abrir o processo de investigação (operação lava jato) contra o presidente da Câmara federal. Neste diapasão a mídia brasileira (Rede Globo) age como se a política local fosse alvo de piada, cenas de novela, “pizza” ou coisa que desmoralize a política. Somente o povo poderá mudar o curso desta historia. Não ao golpe.  

Debandada. Essa é a estratégia utilizada por políticos covardes integrantes de partidos (PMDB) oportunista, neste caso o Michel Teme e o ministro Padilha, deram mostra mais do que suficiente, da forma que estão manipulando a política nacional partidária e financeira do país.

Emissoras como a Rede Globo interagem cinicamente, ajudando o "golpe" e aqueles que o defendem a encontrar o seu lugar ao sol, contudo não contavam com a mobilização do povo brasileiro, a grande massa, que sabendo o que foi o período de governos ditatoriais e fascistas, não ficarão inertes.


"Não vai ter Golpe"!!!!!!!!



Por: Antonio Cláudio dos Santos Silva

sábado, 10 de outubro de 2015


O TRATAMENTO DISPENSADO AOS MARGINALIZADOS COMO FORMA DE DISSEMINAR O ÓDIO

As palavras proferidas esta semana pelo então Srº. Deputado Federal Bolsonaro dizendo que 'marginal só respeita o que teme', ao defender que PM 'mate mais'. Chegam a beirar o absurdo, diante do crescimento avassalador da violência, de uma Policia Militar despreparada, desorganizada e que não consegue dialogar com a sociedade em geral e que até mesmo a percebe como principal inimiga, seja pela condição econômica, seja pela condição social. A partir da análise dos mais diversos conflitos do mundo contemporâneo, deparamo-nos com declarações como estas, que em nada ajudam a resolver o problema.
Discurso que na prática representam as apostas que se faz na ignorância do povo que aplaude e abraça tal manifestação. A pretensão aí seria galgar a Presidência da República, na falta de projetos contundentes que possam dar norte no sentido da melhoria da política educacional, econômica... dentre outros pontos. A disseminação do ódio tem sido a saída.
Se não abdicarmos de fazer uma verificação etimológica da palavra “marginal” (a palavra descreve aquele que trilha pelos arredores do que a sociedade constituída aceita como Legal). Passaria – mos, também a perceber a marginalidade somente na ótica da prática do crime. Não obstante os filhos dos negros, pobres e desvalidos deste país estarão todos à margem do que preceitua a Carta Magna. Ou em que condições estão aqueles que moram/residem nas favelas, nos Guetos, aqueles que estariam fora das escolas e quando não, o dinheiro da merenda foi desviado, roubado pelos políticos (colega de partido, talvez sim talvez não...) deste mesmo deputado que roga pela morte destes supostos marginais?
Ademais, em sua grande maioria estes mesmos policiais são advindos das comunidades de baixa renda onde falta saneamento básico, saídos das favelas para ocuparem postos de neo-capitães do mato, porque justamente sabem aonde nos escondemos à hora que o Estado se faz presente, ou seja, quando a repressão chega. Reconhecem, efetivamente a pobreza, a palidez da fome, da dureza do descaso e quando alcançam as ruas levando tudo isso como se a culpa do sistema fosse uma extensão do crescimento da população de baixa renda, pois a mãe da periferia, que mais uma vez deu à luz... (na visão do Estado representado pela PM) será o “avião” do tráfico de drogas mais um a entrar para as estatísticas, crescendo os números frios da morte.
São os mesmos marginais que após os programas do governo eleito pela Democracia, pela vontade do povo brasileiro, conseguiu de alguma forma abrir acesso aos bens de consumo, acesso às universidades, efetivou programas, como Mais Médicos dentre outros...  
O que se espera de uma pessoa que ocupa um dos cargos mais importantes deste país não é o desprezo pelas pessoas, pela vida (...) estejam elas em que condição for. O seu ódio particular (pelo nordestino, dos trabalhadores, pelos que lutaram contra a ditadura) não pode exacerbar ao ponto de espalhar seu ódio, envolvendo a vida das pessoas, de colocar em xeque a segurança de profissionais da área da segurança pública, que vem pagando com a própria vida o crescimento desmedido do capital, que como proposta provoca o acirramento entre estes e a sociedade brasileira.
Se for verdade que policia é para prender bandido, o presidente da Câmara dos deputados, por exemplo, seria outro ator na representação da política nacional e dos brasileiros.
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*Antonio Claudio dos santos Silva é Graduando no curso de Pedagogia na Universidade Federal da Bahia e dirigente sindical CUTista. 


domingo, 27 de setembro de 2015

O PROBLEMA DA CRISE POLÍTICO-ECONÔMICA BRASILEIRA E A BENEVOLÊNCIA DA OPOSIÇÃO


O PROBLEMA DA CRISE POLÍTICO-ECONÔMICA BRASILEIRA E A BENEVOLÊNCIA DA OPOSIÇÃO

Um dos dramas do povo brasileiro é essa incapacidade de dar o passo decisivo nos grandes momentos históricos. Ao separar-se o Brasil de Portugal classes dominantes também cuidaram do afastamento do o povo da luta..., em duras repressões, e por isso perdeu-se a oportunidade de liquidar o escravismo. Perderíamos neste diapasão duas oportunidades de modernizar a economia brasileira: a primeira em 13 de maio de 1988, a segunda em 15 de novembro de 1889, quando não se promoveu uma justa distribuição das terras e mantendo o controle absoluto dos latifundiários.
Historicamente, o país sempre passou por turbulências que necessitaram da intervenção das forças patriotas (militares) contra o povo. A velha forma de manter a “ordem” sistêmica interna, uma ora enquadrando a sociedade, (sobretudo a maioria pobre), nos arcabouços econômicos engendrados pelos detentores do poder, da concentração de terras pelos latifundiários, escravistas e monárquicos, outro pela utilização das mídias, que inculca no povo a aceitar como necessária a intervenção massiva das políticas neoliberais, o que gerou a intervenção dos militares em 64.
O Brasil analisado antes e posterior ao governo eleito em 2003/2011 reflete duas realidades distintas, tanto política quanto do ponto de vista da economia, o acesso aos bens de consumo que neste período deixa (comparado aos períodos anteriores) de ser uma concessão e passa a atender ao quanto previsto na Constituição Federal do país, se não no todo, pelo menos em parte, passando a classe trabalhadora a perceber várias mudanças, sobretudo no que tange ao alcance da renda percapta a partir de programas sociais, com vistas a distribuir renda dando acesso a itens básicos de a alimentação, bem como o acesso a aquisição de automóveis, passagens aéreas (...) etc, o que deixou a classe dominante polvorosa.
A incapacidade do povo brasileiro em realizar certas avaliações diante do conjunto de agitações, levadas a cabo pelas manobras de uma oposição que durante muito tempo (des) mandou efetivamente na política do Brasil, inclusive de forma hereditária, diga-se de passagem, tem se mostrado o principal problema no entendimento do jogo jogado pelos políticos profissional da velha guarda que representam o grande capital privado e liberal, são os mesmos que querem instituir de uma vez por todas a terceirização como política de racionalização de investimento, instituir retirada de direitos dentre outras práticas nefasta.
As tentativas de eleição de uma candidatura que representasse aos anseios da sociedade/ do povo, somente lograram êxito a partir das “alianças” políticas, que de alguma forma concentrava nas mãos dos oligarcas o poder central.  São os mesmos que agora tentam de maneira “benevolente” encontrar solução para os males dos brasileiros. São eles que conclamam a volta dos militares ao poder e quando não, pedem o processo de casacão (impeachimente) de um mandato eleito pela maioria do povo brasileiro e com isso questionam a Democracia.
Verdadeiramente a economia brasileira precisa mudar a sua estrutura/arquitetura, que durante muito tempo tem sido nociva à maioria dos brasileiros, a taxação de impostos sobre as grandes fortunas deve ser urgentemente colocada na ordem do dia para o debate público e adoção de providencias, no que se refere a sua execução.
Muito tem se apresentado de noticias e informações acerca de corrupção perpetrada por agentes públicos a serviço do governo, são informações que devem ser analisadas criticamente pelo povo brasileiro, ademais enquanto estiveram no poder estes mesmos donos dos grandes meios de comunicação, que representam osgrupos (pequenos grupos) abastados, concentradores das riquezas produzidas pela maioria que são os trabalhadores, homens e mulheres chefes de família, que estão cotidianamente nas trincheiras da luta diária pela manutenção de suas sobrevivências e de seus familiares, mais que de uma forma ou de outra acabam por reproduzir tais discursos prontos, de fácil digestão e aceitação por parte da sociedade.
Combater a corrupção também representa colocar no roll dos criminosos (cadeia) os envolvidos em desvios de verbas públicas ou facilitação para as ocorrências destas práticas criminosas. Tal conduta ainda deve ser rechaçada pelos cidadãos contribuintes, que por ora tem assistido passivamente descer pelo ralo o erário público, atrelado a isso a falta de investimentos em políticaspúblicas, concomitantemente uma rápida corrida para administrar à implantação de arrochos e ajustes fiscais. Bem comorepelir o show pirotécnico e midiático que tem escondido e maquiado a verdade sobre quem são os principais articuladores das operações investigadas pela DPF, que coloca na condescendência da indulgencia os delatores.
Claro que a defesa de um governo que corta na carne da classe trabalhadora e da sociedade em geral, não pode ser defendida cegamente por aqueles que o elegeu (trabalhadores, estudantes, sindicalistas e sociedade civil organizada), contudo, nos cabe fazer a critica permanente de tais ações e requerer a partir da mobilização social as mudanças necessárias, colocar o governo (do PT) no rumo para que fora eleito é tarefa árdua, que deve ser colocada na ordem do dia pelos povo brasileiro. As manobras da direita golpista estão evidenciadas nas práticas das casas legislativas, sobretudo na Câmara Federal representada pelo seu principal expoente representante direto da burguesia(PMDB/PSDB).
Ademais, é bom reforçar que a crise política não deve ser colocada na conta da classe trabalhadora, dos estudantes (...) deste país, não devemos pagar essa conta de forma alguma. A solução está na reforma agrária, na divisão de renda com responsabilidade, na reforma política, na obstrução do financiamento privado de campanha política partidária, no respeito às mulheres, aos negros, a união entre iguais (homossexuais), em dizer não à redução da maior idade penal e ao racismo. Bem como outras pautas colocadas a baila pela sociedade.
De maneira histórica estamos acostumados a ver aqueles que detêm o poder econômico, político e também das armas darem as cartas na geopolítica mundial ratificados pelas agendas das I e II Guerras Mundiais e seus reflexos como foi o caso da invasão e dilaceramento da Palestina pelo Imperialismo, a fim de se apossarem das riquezas minerais (petróleo). E ainda são responsáveis por acirrarem os ânimos entre os israelenses e o povo palestino na invasão e ocupação pelos primeiros em relação ao segundo.Tudo isso propositadamente colocando em curso o principal objetivo que é o lucro pela acumulação de riquezas.
Muito ainda há de acontecer nos bastidores desta que é sem dúvida umas das maiores crises enfrentada pela política brasileira, que coloca em jogo a Democracia e a soberania do país, sobretudo porque os oposicionistas transvestidos em pele de cordeiro tentam dar as cartas, as alianças políticas já perderam a validade, agora é cada um defendendo o seu quinhão, além do mais é hora da classe trabalhadora e da sociedade civil como um todo cobrar o que é seu por direito.
Abaixo a todas as formas de retirada de direitos, aos planos econômicos de cortes nos investimento para as políticas sociais (minha casas minha vida, educação...) etc.
O Brasil é soberano, a democracia é uma conquista da sociedade brasileira. Fora a corja espoliadora (...), a benevolência da oligarquia não nos serve mais.
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*Antonio Claudio Silva é estudante do curso de Pedagogia da Universidade Federal da Bahia - UFBA, dirigente sindical CUTista e integra a direção regional do DIEESE/BA. Email: claudiosv10@yahoo.com.br





quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O PROBLEMA DA MIGRAÇÃO PARA A EUROPA

O PROBLEMA DA MIGRAÇÃO PARA A EUROPA
Por: Antonio Cláudio Silva*
Se estivéssemos no limiar dos séculos XV a XVIII quando os europeus inclinavam-se, a “desbravar” os países da África para explorar as riquezas e os povos daquele continente, o discurso midiático com certeza seria o de maior repercussão possível, inclusive colocando os escravizadores como heróis, desbravadores, conquistadores de terras longínquas..., foi o que ocorreu com os portugueses (jesuítas...), holandeses dentre outros quando submeteram os povos indígenas e exploraram por um longo período o Brasil, que são reconhecidos historicamente (os livros didáticos imortalizam estes atores) por sua coragem de descobrir e povoarem terras tão inóspitas.
Utilizando-se da política do armamento bélico, os norte americanos incutiram, nos povos africanos a necessidade da disputa por armazenar um cada vez maior contingente de escravos (seu próprio povo) a fim de que estes pudessem garimpar diamantes e outras riquezas, e assim abastecer os mercados europeus, norte americanos e dos ingleses aumentando as suas riquezas através a base dos “diamantes de sangue.!”
A sociedade contemporânea tem assistido desde a primavera árabe uma retomada cada vez mais contundente, pelos povos onde as formas de fazer e construir política por muito tempo foram dadas através do autoritarismo, muitas destas mãos de ferro financiadas pelos E U A, a sinalização do estoque de armamento nuclear foi mero pretexto para invadir o Afeganistão e outros países do oriente médio (o petróleo foi o principal motivo), matando vários civis inocentes.
O mundo assistiu inerte a toda essa carnificina. Vez por outra a mídia “carcomida” noticiava exaltando a coragem, dos norte americanos em intervir na política alheia, propagando que o mundo estaria em perigo, se algo não fosse feito. Justificando deste modo o derramamento de sangue dos inocentes pelo mundo. Os europeus sem questionar mandaram também vasta mão de obra para continuar a matança de muitos civis e soldados de um lado e de outro.  
Neste momento estamos aplaudindo sem movimentos próprios, apáticos á tentativa daqueles que fogem das guerras internas a oportunidade de buscarem a sobrevivência em países que de uma forma e ou de outra ajudaram a construir, através de sangue e suor com a exploração de vossas mãos-de-obra escrava e a baixo custo, da morte dos seus entes queridos etc.
As cenas lamentáveis que estão sendo veiculados nos últimos dias necessitam de uma reflexão por parte do mundo, esse é o momento de dizer não a toda forma de exploração,  tratar os imigrantes como simples invasores não é a solução para o problemas, os países do Fundo Monetário Internacional – FMI precisam reparar o mal que foi feito, urgentemente!
A migração pode ser um sinal imprescindível para a mudança dos povos do planeta Terra. Que o fim do pré-conceito e da produção da raiva gratuita esteja próximo do fim.
Se juntos somos fortes unidos seremos inquebrantáveis.

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*Estudante de Pedagogia da UFBA e ativista do movimento sindical.